Lilypie Third Birthday tickers
PitaPata - Personal picturePitaPata Dog tickers

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Diário de avô - Como Luana melhorou as nossas vidas - Ricardo Noblat

Mais uma crônica de Ricardo Noblat sobre sua neta Luana. Será que a Brooke também vai melhorar nossas vidas na casa dos avós??? A ver :-)

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/post.asp?t=como_luana_melhorou_as_nossas_vidas&cod_Post=136881&a=111

Mamãe me lembra um pouco Rebeca. Não na pão-duragem, pois quanto a isso ela é o contrário (lembra mais o João nesse aspecto) mas nessa coisa de tomar as decisões da casa, ser teimosa com suas conviccoes e ter esses impulsos de fazer coisas grandes quando dá na cabeca dela que é o certo a ser feito. Já o papai parece o Noblat nesse aspecto de não contrariar nada que ela faz ou decida. É ela quem toma as decisões da casa.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Primeira Correspondência, Primeiros Documentos

Ontem o Márcio pegou na caixa de correio a primeira correspondência para Brooke: o social security number dela, o equivalente ao CPF aqui. Hoje Márcio foi buscar a certidão de nascimento dela.

Embranqueci os números e dados pois fazer doutorado em computação na área de segurança tem me ensinado "one thing or two". Dados como esses são comercializados no "mercado negro" da Internet para cyber criminosos cometerem todo tipo de cyber crime e fraudes usando a identidade alheia. Um número de social security vale hoje uns 5 dólares no mercado negro (e ainda por cima é barato!). Se eu deixasse os dados da Brooke soltos assim na internet mereceria ser jubilada da UC Davis com razão.

Agora falta o Márcio ir ao Consulado Brasileiro em San Francisco registrar a Brooke com a mais nova brasileira do pedaço. E nesta semana ela também tem de tirar as fotinhos de passaporte dela: passaporte americano e brasileiro (minha filhinha tá chique né Marcelo?) para que ela possa ir para o Brasil em Março. Ela tá tão "chique" que ao chegar no Brasil vai para fila de residentes e ao voltar idem! Mas do jeito que ela anda chorosa (tirando quando mama ou quando está ouvindo o barulho do secador, ou com o nosso dedo mindinho na boca, ou na cadeirinha vibratória) a fotinho dela nos passaportes vai ser com cara de "unhé, unhé".







Desde segunda é assim que meu doutorado tem progredido


segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Escala de Apgar e Teste do Pezinho

Até hoje não sabia qual tinha sido a nota da Brooke na escala de Apgar.
A Escala ou Índice de Apgar consiste na avaliação de 5 sinais objetivos do recém-nascido no primeiro e no quinto minutos após o nascimento, atribuindo-se a cada um dos sinais uma pontuação de 0 a 2, sendo utilizado para avaliar as condições dos recém-nascidos. Os sinais avaliados são: freqüência cardíaca, respiração, tónus muscular, irritabilidade reflexa e cor da pele. O somatório da pontuação (no mínimo zero e no máximo dez) resultará no Índice de Apgar e o recém-nascido será classificado como sem asfixia (Apgar 8 a 10), com asfixia leve (Apgar 5 a 7),com asfixia moderada (Apgar 3 a 4) e com asfixia grave: Apgar 0 a 2.

No curso de parto o pediatra da Brooke deu uma palestra e disse para os pais não se preocuparem muito com a nota no teste, pois de acordo com ele só tira 10 "filho de pediatra". Pois eu olhei nos documentos da Brooke e ela tirou 9.95! Nada mal para quem era tida como fraquinha e que não ia aguentar as contrações do parto.

Os resultados do teste do pezinho (Newborn Screening Test) chegaram e tá tudo normal! Graças a Deus, obrigada Jesus!

De resto, a luta. Domingo a Brooke deu trabalho. Não quis dormir sozinha hora nenhuma. Ela se acalmava com o barulho do secador, com o balanço da cadeira mas no momento que colocávamos ela sozinha no berço: unhé, unhé...

Hoje depois da mamada pus ela no sling e fui tomar meu café da manhã. Ela dormiu no sling. Depois da segunda mamada pus ela na cadeirinha vibratória em cima da mesa da cozinha e trabalhei no meu doutorado da mesa mesmo. Ela dormiu otimamente. De tarde idem. Será que achei o caminho??? Quarta chega o balancinho dela (swing), presente da Vovó Mercês e Tia Sônia. Estou olhando na internet máquinas de fazer barulho (white noise) para deixar no quarto dela para ela dormir melhor. De acordo com o livro, essa "paz" aumenta as horas de sono noturnas dela.

sábado, 25 de outubro de 2008

3 Semanas


Brooke completou 3 semanas na sexta. Ainda estamos nos acostumando com ela e provavelmente ela com a gente e com esse mundo tão diferente do que ela estava acostumada dentro da minha barriga.

Ela não é um bebê anjinho, mas também pelo que li em alguns livros não é das que dá muito trabalho. É um bebê extremamente sensível e muitas coisas a tiram do sério: trocar de roupa, trocar fralda, ficar muito tempo olhando para algum brinquedo, o latido do Duke pro carteiro, algum cocô ou pum. Depois de mamar ela gasta entre 15 min a 1 h para conseguir dormir. Essa é a parte mais difícil de cuidar dela porque quando ela gasta quase 1h para mamar mais 1 h para acalmar, só sobra 1 h para ela dormir e eu fazer minhas coisas (tomar banho, comer, talvez dormir...) até que o próximo ciclo recomece. Muito se fala de trocar fralda, fralda de cocô, etc..., mas acho tão fácil trocar as fraldas de cocô e limpá-la... Depois de 3 anos catando o cocô astronômico e fedorento do Duke na rua com saco de lixo (de tão grande) e na mão (muitas vezes sujando minha mão quando o cocô dele tava muito mole ou giganteco), lidar com o cocozinho da Brooke é "piece of cake".


Li que mesmo cansados, os bebês dessa idade não sabem como dormir e por isso quando não conseguem dormir eles choram. Tenho usado como técnica para por ela para dormir os 5 S's do livro "The Happiest Baby on the Block" e tem funcionado. De acordo com a teoria do pediatra/autor, é como se os bebês precisassem de um 4o trimestre no útero e o choro tido como "cólica" é muitas vezes o fato deles estarem sentindo falta do útero. A idéia geral é recriar o ambiente do útero para eles se sentirem felizes.

1) Swadle-> enrolar ela bem enroladinha num cobertor imitando uma "camisa de força". O bebê se sente apertadinho como ficava no útero.

2) Side position (posição lateral)-> os bebês tem um reflexo chamado Moro que quando colocados de barriga para cima se sentem como se estivessem caindo e choram.

3) Swinging (balanço, movimento)-> bebês dessa idade adoram movimento para frente e para trás. Afinal era assim que eles ficavam quando a mãe andava ou fazia suas atividades diárias. Eu uso a cadeira de amamentação que a mamãe me deu para balancar ela bastante enquanto a acalmo. Com o dinheiro que Vovó e Tia Sonia mandaram comprei um balancinho motorizado e com músicas e brinquedos. Deve chegar na quarta.

4) "Shushing" (barulho de "shsh", como quem pede silêncio)-> Os bebês não tinham silêncio no útero e sim o barulho intenso da circulação sanguínea da mãe. De acordo com o livro o número de decibéis dentro do útero é maior que o de um aspirador de pó. Até agora o que funcionou com a Brooke tem sido o barulho do secador de cabelo.

5) Sucking (sugar) -> bebês precisam sugar bastante, seja para se alimentar ou se acalmar. Brooke não gosta de bico mas adora sugar o dedo mindinho da gente.

Estou aos poucos voltando as atividades do doutorado quando ela dorme. Infelizmente, não posso tirar uma licença de 4 meses senão não termino esse doutorado. E também não posso reclamar pois trabalho de casa. Depois que a mamãe foi embora o Márcio tem trabalhado de casa uns dias para não me deixar tão sozinha.

Bom é isso aí, um dia de cada vez e tentando fazer progresso (com a Brooke e o doutorado) a cada dia. O resto dá para esperar e deixar de lado!

Fotos da terceira semana: http://photos.toupeira.com/gallery/6343564_rmYSG#400450834_C8h2X

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Lágrimas e Saudades


Ontem mamãe foi embora. Ai, foi tão triste. Eu não consigo e nem nunca consegui achar normal despedir das pessoas que eu amo. E essa vinda dela aqui foi tão especial, em todos os sentidos. Acho que nunca estive tão próxima da mamãe quanto estive nesse 1 mês que ela passou aqui. Cada vez que lembro dela começo a chorar. Dá um aperto ver o quarto que ela ficou vazio e a casa sem a movimentação dela.

Ficávamos 24 h por dia juntas e fazíamos tudo juntas. Tomávamos café, íamos para as consultas pre-natais e NST testes juntas, almoçávamos juntas, víamos novela (A Favorita) juntas, organizávamos as fotos juntas, lanchávamos juntas. E depois que a Brooke nasceu dividimos todos os cuidados com ela 24 h por dia. Eu dava de mamar, ela fazia arrotar e acalmava a Brooke para dormir, revezávamos as fraldas. As mamadas da Brooke eram no quarto dela e passávamos a maior parte do tempo lá ou cuidando da Brooke ou distraindo com as fotos, novela e internet.

Ela me ajudou tanto que desde ontem estou até zonza sem a presença dela. E é engraçado que só depois de tanto tempo morando fora da casa dos pais é que a gente relembra com carinho as características marcantes dos pais.



* Mamãe é extremamente organizada (ao contrário de mim) e limpinha. Todas as coisas dela ficam perfeitamente no lugar certo e organizadas.

* Ela adora e faz questão de ter suas próprias coisinhas e não pegar emprestado nada de ninguém. Disse mil vezes para ela que não precisava trazer shampoo, pasta de dente, sabonete, secador, toalha (só lota a mala à toa), mas ela trouxe tudinho, inclusive um jogo de toalhas que até deixou aqui para mim.

* Ela é super vaidosa, cada dia coloca uma roupa diferente com tudo combinando, inclusive as jóias. Sempre cheirosinha com seus mil cremes e perfumes (do Boticário sempre).

* Ela é super alto astral e leva a vida com tanta felicidade. Sempre conversava alto com o Duke (o "Dudu") e cantava o tempo todo para Brooke:

"Eu vi a Brooke na chaminé tão pequenininha fazendo café. É de chá chá chá, é de chaminé, é de chá, chá, chá, é de chaminé. "

"... três ovinhos 1, 2, 3, nasceram 3 patinhos, 1, 2, 3"

Faz aula de Inglês (se comunicou super bem aqui) e fez de uso do computador.

E foi tão lindo ver ela esses dias com a Brooke. Vi nascer uma avó mesmo.Hoje a Brooke ficou enjoadinha o dia inteiro, fiquei de pijamas atéo 12:00pm porque ela não dormia de jeito nenhum. Tenho um palpite que tá sentindo falta do colo e do cheiro da avó que era quem acalmava ela para dormir.

Eu não queria ser assim como sou, sempre sofri em despedidas desde criança. Ir embora da casa da minha avó Mercês era a pior coisa que "faziam" comigo na minha infância. Ir embora de BH em cada viagem que eu o o Márcio fazemos é uma tristeza e a única coisa que me consola é saber que vou ver o Duke.

E falando em vó, me dá um aperto no coração que a Brooke está tão longe das avós e dos avôs. Eu só tive avós mas sei que avó é uma das melhores coisas que um ser humano pode ter. Acho que todo mundo que teve o privilégio de ter um relacionamento bem próximo com avô ou avó se torna uma ser humano muito melhor.



No "baú" das melhores lembranças da minha infância, estão os dias que passava na casa da minha avó Mercês. Principalmente as férias de julho, aos 11, 12 anos que passava lá. Quantas aventuras! Dormia na cama dela com ela, escutava de madrugada as estórias e as aventuras do passado dela e da nossa família e as confusões em que ela já se meteu, andava Juiz de Fora inteira de braço dado com ela enquanto ela resolvia seus "assuntos de rua". E a felicidade que sentia quando o carro ou o ônibus se aproximava de Juiz de Fora? Vovó esteve comigo em todos os momentos importantes da minha vida: vários aniversários, 15 anos, formatura, casamento e agora acompanhando virtualmente a gravidez, nascimento e vidinha da Brooke. Ia embora chorando da casa dela e na minha cabecinha de criança a distância (7, 8 h de viagem de Ipatinga)tinha a mesma proporção de San Jose - BH.

Pois é mãe (e Maria Luiza e papai e José Agostinho)... Você tem uma missão muito importante a partir de hoje. É fazer a Brooke contar para alguém daqui há uns 20, 30 anos que entre as melhores lembranças da vida dela estão a convivência e o relacionamento dela com os avós. É fazer a presença dos avós na vida dela ser de uma força que distância nenhuma enfraquece. Por favor, não deixe que o dia-a-dia e as coisas que possam ser deixadas de lado te façam esquecer dessa imensa responsabilidade que você tem com sua netinha...

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Aniversário do Papai Márcio

Hoje é aniversário do papai da Brooke. Vamos comemorar com coxinha e risolis que D. Norma fez e a torta de bombons da mamãe. É a primeira festinha que a Brooke participa.

Falando nela está cada vez mais alerta, com os olhos arregalados e adora olhar minutos pro ventilador e brincar no ginásio do Tio João.


Amanhã mamãe vai embora. Já estou triste...


Atualização às 13:18: Tia Zelinha, nós lembramos do aniversário da Vovó Ruth sim. Tinha me esquecido que seria seu centenário. Ela está no céu num lugar bem melhor do que o nosso aqui.

domingo, 19 de outubro de 2008

Que pena! Vovó tem que voltar para o Brasil !



Link com as fotos: Como prometi, contei tudo...Espero que tenham gostado.Volto agora para os bastidores,e comentar ,como vocês o Blog de Daniela." It is over!"

http://picasaweb.google.com/gesaseabra/LembranAsQueFicamParaSempre#

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Passeando com a Brooke


Mais fotos para os que acompanham o Blog de Daniela.É so clicar no Link do Picasa.

Link com as fotos: http://picasaweb.google.com/gesaseabra/ComeOuNoSBadoOsBanhosDeSolDeBrooke#

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

O Parto - "Credits"

Não podia deixar de agradecer publicamente à Deus pelo meu parto da forma como eu queria e acima de tudo rápido. A dois dias do marco das 40 semanas e da indução e com a Brooke sem sinal nenhum de querer nascer. Foi milagre, coisa de Deus mesmo. Agradeço pela Brooke ter vindo uma menina saudável e acima do limite do que é considerado baixo peso (pelo menos o limite brasileiro). Obrigada Pai, em nome de Jesus!

Agradeço ao Márcio pela determinação nas suas convições de parto natural e por não me deixar desanimar e desistir.

Agradeço à minha mãe que saiu de sua casa (coisa que ela não gosta de fazer) e fez uma viagem pesadíssima (uma jornada) de 24 h de duração, sozinha, para um país estrangeiro para me dar apoio e carinho nesse momento tão único e especial.

Agradeço ao meu pai Enio, minha irmã Camilla, minha avó Mercês, meus sogros Maria Luiza e José Agostinho, minhas tias Sônia, Nilda e Zélia, minhas primas Adriane e Andréia, meus cunhados (Wolber e Silas), minhas cunhadas (Renata e Cláudia) e todos os meus amigos do Brasil e dos Estados Unidos por torcerem pela gente e por todo o carinho que nos enviaram, mesmo à distância.


ps: Consigo imaginar vividamente o Marcelo (Werneck) lendo esse post e rindo dizendo para mim: "Nossa Dani, só faltou você escrever que queria mandar um beijo pro meu pai, para minha mãe e para você."

First week of the new baby on the block

( Postado por Gesa )
Convido a todos que acompanham o blog de Daniela para acessarem o link do Picasa ,onde as novas noticias estão postadas.http://picasaweb.google.com/gesaseabra/FirstWeekWithTheNewBabyOnTheBlock#

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

O Parto

Eu já estava conformada com a indução. Dr. Mannon e a médica de alto risco do Perinatal Diagnostic Center queriam a indução desde a semana 37, quando o peso da Brooke no ultra-som deu 2.5 kg considerado baixo para a idade gestacional. O Márcio nunca se conformava com os argumentos: "Mas com que população eles estão comparando o peso da Brooke? Americana? Eles são maiores mesmos." Ele consultou na internet que essas medições de ultra som tem uma alta probabilidade de erro e essa era a única variável que os médicos não estavam satisfeitos.

Ela passava em todos os Fetal Non-Stress Tests (NST) que depois da semana 38 passaram a ser 2x na semana, o volume do líquido passou a aumentar (fiz um regime de engorda depois da semana 37 com direito a muito brigadeiro e sorvete Häagen-Dazs® de doce de leite. Foi a única parte boa dessa confusão) e ela sempre mexia muito todos os dias.


Na semana 38 voltamos lá para discutir com ela a questão. Disse que não estávamos confortáveis com a idéia da indução naquele ponto. Perguntamos quais eram os riscos que estávamos correndo, o que podia acontecer, se era uma emergência, etc... Ela disse que por a Brooke ter pouco peso ela poderia não aguentar as contrações naturais e o parto acabar em uma cesárea por ela poder ficar cada vez mais fraquinha a cada semana. Aí eu pensei: Uai, mas se ela não aguentar as contrações naturais, como ela vai aguentar as contrações do Pitocin que são muito piores?" Dr. Mannon então sugeriu que eu fizesse um exame no outro dia para medir o fluxo sanguíneo indo pro cérebro da Brooke. Se os resultados não fossem normais, indução no mesmo dia, caso contrário ela "could wait a few more days.". No outro dia resultados normais e recebi o recado que a indução estava marcada para a próxima terça-feira às 39 semanas. Fiquei bem chateada: "Como assim a indução marcada? Os resultados não estão normais? Nós nem conversamos!". Eu e o Márcio imaginamos que a consulta da terça ia ser um "clash". Já estávamos na semana 39, porque não dar mais alguns dias de tentativa para o parto natural?

Imaginamos até que ela ia nos mandar procurar outro médico então. Bem, na terça foi uma surpresa, ela disse que tudo bem esperar o marco das 40 semanas, mas que não recomendava passar muito disso, porque depois desse ponto a placenta começa a deteriorar e há casos de morte etc.... Apesar de não concordarmos com esses argumentos 100% (em vários livros é mencionado que mães de primeira viagem geralmente passam da data prevista) nos resignamos com a indução depois das 40 semanas. Seria hoje, 7 de outubro. Primeiro eu iria para o hospital tomar um remédio para afinar o colo do útero (o meu estava apenas 50% "effaced") e ia dormir lá. No outro dia eles iriam me injetar Pitocin na veia para iniciar as contrações e dilatar o útero (o meu ainda estava completamente fechado). O Márcio estava bem desapontado pois achava que as coisas iam sair completamente do controle: eu ia sofrer demais com o Pitocin, pedir uma epidural que ia me deixar anestesiada da cintura para baixo, consequentemente ia ter dificuldade para empurrar a Brooke pois não estaria sentindo nada e tudo ia acabar numa cesárea de emergência. Eu estava conformada, pois a Brooke não dava sinal nenhum que queria nascer.



Bem, na sexta-feira enquanto dormia (3am +-), notei que estava sentindo umas dorzinhas mais ou menos de 1 em 1h que pareciam uma cólica. Pensei: "Será? Já pensou? Ah, deve ser alarme falso." Mas a cada dorzinha eu abria um sorriso de esperança. Tinha momentos que achava que estava imaginando, que era tudo psicológico. Mas cada vez que vinha a dorzinha eu dizia para mim mesma: "Tá vendo, isso não é imaginação não."

De manhã fui com a mamãe pro hospital para mais um NST, o último. Durante o NST, as enfermeiras viram que tive 3 contrações bem leves e que o batimento cardíaco da Brooke em uma delas havia abaixado. Ligaram para a médica depois do teste e a ordem foi me enviarem pro Labor & Delivery para ser monitorada e depois ter o bebê. Uma das enfermeiras me consolou: "Olha, você já está em early labor, não há dúvidas disso. Então se te derem Pitocin, vai ser só um pouquinho." Perguntei se podia voltar para casa para pegar minhas coisas. Não. Perguntei se podia esperar o Márcio chegar no hospital antes de subir pro L&D. Não. Liguei pro Márcio e ele saiu do trabalho em direção ao hospital. Na monitoração no L&D eu tive mais contrações leves e o coraçãozinho da Brooke estava super bem. Na verdade elas mesmas falaram que é absolutamente normal os batimentos do bebê diminuirem durante as contrações, mas como a Brooke é considerada "petite" elas tinham que ser "ultra-conservative". A enfermeira mencionou a indução e novamente eu disse que queria esperar até o prazo de 40 semanas até porque já estava em "early labor". Ela me examinou e verificou que estava já com 1.5 cm de dilatação e com o colo do útero 90% apagado ou "effaced". Disse que ia conversar com a Dr. Mannon e me falar. Fui autorizada a voltar para casa com o compromisso de voltar sábado de manhã para um NST.

Bom aqui vale um parênteses sobre as fases do trabalho de parto (http://www.babycenter.com/0_the-stages-of-labor_177.bc?page=1)

Primeiro estágio

1) Early labor: Contrações leves, como uma cólica branda sem regularidade. Dura cerca de 6 a 12 h e geralmente a mãe fica bastante entusiasmada nessa fase com aquela cara e atitude de: "É hoje!". Dilatação de 1-3 cm

2) Active labor: Contrações mais pesadas, o sorriso sai do rosto e a postura é de seriedade durante as contrações. Dura cerca de 4 à 8 h. Dilatação de 4-7 cm.

3) Transition: Contrações pesadas com a mãe duvidando de sua habilidade de suportar todo o processo. Pode durar até 3h. Dilatação de 8 à 10 cm.

Segundo estágio: Pushing (empurrar o bebê): contrações menos rigorosas que na fase de transition fazendo a mãe ter vontade de empurrar o bebê. Pode durar até 3 h.

Terceiro estágio: Entrega da placenta: contrações mais leves empurrando a placenta para fora. Em média 30 min.

Bem, voltando ao meu caso... Ao sair do hospital (12:00pm mais ou menos), o Márcio voltou pro trabalho e eu dirigi para casa com a mamãe (40 min de distância) com a mamãe anotando quando cada contração começava. Notei que a intensidade estava aumentando. Não me dei conta na hora, mas naquele momento estava entrando em "active labor". Os últimos minutos no carro foram difíceis durante as contrações. Decidi que ia chegar em casa, botar a lasanha no forno e ir tomar banho correndo porque parecia que as coisas iam acontecer hoje ou no máximo no outro dia. No banho a intensidade das contrações iam aumentando. Durante as contrações a dor era bem ruim mas elas duravam 1 min mais ou menos e depois só vinha outra uns 8-10 minutos depois. Liguei pro Márcio e pedi para ele correr para casa. Não aguentei comer lasanha não. Fiz força para comer uns biscoitinhos entre as contrações e tomar bastante água, como aprendi no curso. Ia dando instruções para mamãe ir colocando as últimas coisas na minha mala. Mamãe também ligou lá para casa e para casa do Márcio avisando que Brooke provavelmente ia nascer no sábado. Maria Luiza, minha sogra apostou que ela nasceria no mesmo dia.

Márcio chegou em casa (umas 3h), colocou as coisas no carro, levou o Duke para dar uma voltinha e depois tomou a frente como meu "doulo". Quando ele voltou do passeio com o Duke eu estava enfrentando cada contração agaixada no chão. Disse para ele que achava que estava na hora de ir pro hospital. Ele disse que não, que íamos marcar o tempo entre as contracões e como é ensinado no curso (ele não teve paciência de atender ao curso mas acho que leu tudo pela internet. Sempre a internet... O jeito "Márcio" de fazer as coisas) íamos para o hospital quando as contrações estivessem vindo mais ou menos de 5 em 5 minutos e acontecendo desse jeito por pelo menos 1 h. A essa altura durante as contrações, comecei a perder a capacidade de ser criativa e me lembrar dos ensinamentos do curso. Mas o Márcio se lembrou (daí a importância de uma pessoa de apoio como "doula/doulo"). Ele sugeriu que fosse para a banheira. Ajudou bastante e tenho a impressão que fiquei umas duas horas lá.

Quando as contrações já estavam de 4 em 4 minutos, perto das 18h o Márcio ligou para Dr. Mannon e combinou-se que iríamos pro hospital. Quando sai da banheira notei que as coisas tinham piorado. Doía muito entre as contrações e sentia uma pressão enorme da Brooke que já estava bem baixa. Um misto de sensações que davam muito medo. Tive medo dos 40 min dentro do carro até o hospital no horário de pico de trânsito. Comecei a chorar. Não sabia, mas estava entrando na fase "Transition" dentro do carro.

A viagem de carro foi difícilima. A cada contração agarrava o braço do Márcio e apertada a mão da mamãe. Doía muito mesmo e elas estavam próximas umas das outras, não tinha muito tempo para descanso. Cheguei na porta do hospital (umas 19h) sem condições de falar ou andar e cheguei no L&D numa cadeira de rodas. A essa altura já não me importava com estranhos na minha frente e chorava. Via todos na entrada do hospital olhando para mim assustados. No L&D me correram para um quarto, a enfermeira me examinou e constatou que estava com 7 cm de dilatação. As dores aumentaram e quase não tinha intervalo entre elas. Era como se fossem contínuas. Comecei a gritar. Eu sabia que gritar era tudo que não podia fazer porque a adrenalina iria bloquear a atuação dos outros hormônios como a endorfina e só iria sentir mais dor. Mas não deu mesmo. Na minha fase de transition, pelo menos para mim, exercícios de respiração e concentração não iam resolver de nada (nas outras fases, entretanto, ajudam muito). Gritar foi minha forma de enfrentar as contrações. Eu não conseguia ficar parada. Aqui vale um parênteses. Eu tinha dito pro Márcio que durante a fase de transition eu iria duvidar da minha capacidade de suportar e que era para ele não me deixar desistir.

Pois é, dito e feito. Eu comecei a gritar que não ia suportar. Tremia demais e ouvi a Dr. Mannon falar que a tremedeira era normal, eram meus hormônios que estavam a todo vapor. Ele e a mamãe ficavam me dizendo que eu ia aguentar sim, já tava quase no fim, faltava, só 3 cm. Continuei gritando entre as contrações. Dr. Mannon chegou e ficou orientando o Márcio a me manter de pé para a Brooke descer me deixando apoiar no corpo dele. Depois sentar num banco giratório e me apoiar de bruços na cama. Eu me sentia completamente exausta e duvidando se ia suportar todo o processo. Queria tanto uns 5 minutos para deitar e descansar. Mas na minha cabeça ainda faltava tanto... Cada minuto tão difícil. Mamãe ficava também me consolando, dizendo que eu estava conseguindo o que queria (parto natural) , que não era o Pitocin, etc... Isso ajudou bastante. Eles me deram continuamente fluidos na veia. Na verdade eu não via mais nada, não escutava, não pensava, não tinha mais condições de tomar decisões. Dr. Mannon também rompeu a minha bolsa e colocou um monitor interno na cabecinha da Brooke. Ela disse que ele tinha mais precisão para verificar os batimentos dela durante as contrações.

Mas Dr. Mannon me examinou e disse que estava com 8 cm de dilatação. Aí desesperei de vez. Tinha sofrido aquilo tudo por 1 cm? Ainda faltavam 2? Ai gritei pro Márcio que não aguentava mais e falei com a Dr. Mannon que queria a epidural. Márcio perguntava: "Você tem certeza? Tá quase acabando." Eu gritei que não aguentava mais, não aguentava mesmo. Dr. Mannon saiu para contactar o anestesiologista. Quando ela voltou uns minutos depois eu tinha enfrentado mais umas 3 contrações. Ela me examinou de novo e já estava com 9 cm. Aí o Márcio olhou para mim e tornou a perguntar se tinha certeza. Eu então disse para Dr. Mannon que ia esperar mais um pouco. O fato de ter dilatado de 8 para 9 em apenas alguns minutos levantou meu espírito.
Aí comecei a sentir umas contrações que me faziam ter vontade de fazer força; elas eram diferentes. Quando vi, Dr. Mannon tava falando que "she is ready to push" e me posicionando e me instruindo a empurrar a Brooke durante as contrações e fazer força prendendo a respiração. Eram umas 3 puxadas por contração (menos pesadas sim). Eu tava de olhos fechados e só chorava entre as contrações. Não chorava de dor, chorava por chorar, acho que por estar assustada com tanta coisa nova e tão intensa. De repente comecei a ouvir a mamãe gritar que estava quase acabando, que a cabecinha dela tava aparecendo. A enfermeira e o Márcio dizendo que tava acabando e a Dr. Mannon falando que em alguns minutos eu ia estar com a Brooke nos braços. Pediu mais uma empurrada caprichada. Aí comecei a ouvir a mamãe gritar: "Que bonitinha Daniela!" Dr. Mannon pediu para eu parar de empurrar um minuto (Eu não sabia, mas a cabecinha da Brooke já estava para fora e a Dr. Mannon estava limpando seu narizinho e boca de fluidos que ela tinha engolido durante sua caminhada para fora). A mamãe só gritava "Que bonitinha!". Dr. Mannon pediu mais um empurrão e de repente disse: "Daniela, open your eyes, Daniela open your eyes.". Eu abri e vi ela segurando a Brooke e me entregando nos braços.


O Márcio depois me disse que a minha "pushing phase" durou apenas 20 minutos. Com a Brooke nos braços e tão feliz de estar livre das contrações, lembrei que ainda ia ter que entregar a placenta. Mas quando olhei, ela já tinha saído sozinha, nem fiz força. Foi o melhor momento da minha vida. Faria tudo de novo, do mesmo jeito.


Mais fotos do parto: http://picasaweb.google.com/gesaseabra/ONascimentodeBrooke#

sábado, 4 de outubro de 2008

Primeiras Fotos


2790Kg. Nasceu de parto natural sem anestesia!


(Atualização às 15:17 por Daniela): Esses dois últimos post foram postados pelo papai Márcio. Brooke nasceu no dia 3 de Outubro de 2008 às 21:44h no Lucile Packard Children's pesando 2790g e medindo 46 cm. Depois conto mais sobre o parto.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

It's on!

Brooke Burke Oliveira is coming.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Tuesday -Uma manhã de expectativas ?

Nesta manhã de terça-feira estávamos,Márcio,Daniela e eu muito ansiosos. A Dr.Mannon queria induzir o parto de Daniela ,sendo que não havia nenhuma emergência.Os exames todos confirmam, que Brooke e Daniela estão muito bem, e com tempo disponível para esperar pelos sinais do parto normal.Na noite anterior, o Márcio fez com que Daniela se empanturrasse de comida,brigadeiro e sorvete para que a Brooke adquirisse mais peso,e assim ,a médica não ter argumentos para a indução. No dia seguinte ,o Márcio não foi trabalhar para acompanhar a consulta de Daniela.Na clínica,Esperei , na ante-sala,enquanto os dois conversavam com a obstetra,tremendo...( tenho que confessar).


Eles venceram ! A Dr.Mannon( de costas) deu mais um prazo .No próximo domingo Daniela completará 40 semanas , e se até segunda-feira nada acontecer, Daniela irá dormir no hospital para na terça-feira iniciar o trabalho de parto.Vamos torcer meus amigos,para que seja a Brooke que nos surpreenda e dê a partida !


Saindo da clínica aliviados!

Carolyn J. Mannon,M.D. ( a tão citada Dr. Mannon)

Fomos direto para casa. Daniela aí na cozinha descongelando o estrogonofe,que D. Norma,uma brasileira que trabalha fazendo comidas congeladas,deixou pronto para ela,junto com outras iguarias .Uma Delicia ! Encorpado igual ao que ,a Lúcila, mãe do Wolber faz. O Duke o tempo todo aos pés de Daniela.




Como aqui não tem batata palha,Daniela preparou um purê de batatas e arroz na panela elétrica. O Márcio preparou um salmão,no microondas, para ele,que também já estava semi-pronto, e comeu antes ,pois estava com muuuita fome.

Depois do salmão o Márcio foi direto para o "computer".Trabalhando à distância , já que ficou em casa para proteger a Daniela e a Brooke do pitocin. Depois que acabou as funções da cozinha, o Duke foi para junto do Márcio também.Fica quietinho esperando ser lembrado !

Fim de tarde...Hora do Duke jogar bola.Hoje Daniela quem fez os lançamentos.
Acho que a Brooke não vai resistir a tantos sacolejos!
Aqui estou eu, conduzindo o Duke(dando um refresco para a Daniela ) pela av. Cherry,de volta para casa.